Bem-vindos colegas! Este é o resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso. Um espaço reservado para ideias, reflexões e sugestões. Nosso tema é "Educação e Diversidade". Esperamos poder compartilhar com vocês muitas ideias sobre o tema e poder aprender muito também. Vamos enriquecer nossa prática pedagógica e investir nos nossos alunos!! Afinal somente investindo na Educação que almejamos um mundo melhor!!

'ENQUANTO SERES HUMANOS' ... Uma reflexão...

quarta-feira, 24 de março de 2010

AFRO-BRASILEIROS

O termo afro-brasileiro designa tanto pessoas com ascendência da África subsaariana quanto a influência cultural trazida pelos africanos escravizados para o Brasil.


História

O Brasil recebeu cerca de 37% de todos os escravos africanos que foram trazidos para a América. A quantidade total de africanos subsaarianos que chegaram no Brasil tem estimativas muito variadas: alguns citam mais de três milhões de pessoas, outros quatro milhões. O tráfico de negros da África começou por volta de 1550.
Durante o período colonial, os escravos de origem africana ou indígena eram a quase totalidade da mão-de-obra da economia do Brasil, utilizados principalmente na exploração de minas de ouro e na produção de açúcar.
Os homens eram a grande maioria dos escravos traficados, o que afetava o equilíbrio demográfico entre a população afro-brasileira. No período 1837-1840, os homens constituíam 73,7% e as mulheres apenas 26,3% da população escrava. Além disto, os donos de escravos não se preocupavam com a reprodução natural da escravaria, porque era mais barato comprar escravos recém trazidos pelo tráfico internacional do que gastar com a alimentação de crianças. Em relação à grande quantidade de africanos negros que aqui chegaram, a sociedade brasileira têm até poucos de seus genes considerando-se o desequilíbrio que havia entre a quantidade de homens e mulheres, além da maior mortalidade entre a população de escravos.
Embora tenha sido proibido por várias leis anteriores, o tráfico internacional de escravos para o Brasil só passou a ser combatido através da lei Eusébio de Queirós de 1850, depois da pressão política e militar da Inglaterra.
A escravidão foi diminuída no decorrer do século XIX com a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários, mas somente em 1888 foi definitivamente abolida através da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel. O Brasil foi a última nação ocidental a abolir a escravidão.
No final do século XIX e início do século XX, os afro-brasileiros mulatos tiveram uma importante partícipação na produção cultural das elites e na política. Nesta época, viveram escritores como Machado de Assis e Lima Barreto, jornalistas como José do Patrocínio, filósofos como Tobias Barreto, políticos como o barão de Cotejipe, e o notável engenheiro André Rebouças que até tornou-se amigo íntimo da família imperial. No mesmo período, um mulato, Nilo Peçanha, assumiu a presidência da República, e dois outros, Hermenegildo de Barros e Pedro Lessa tornaram-se ministros do STF. Esta característica da sociedade brasileira, que não tem similar em qualquer outra da América, já vinha ocorrendo desde os tempos coloniais em que mulatos como o escultor Aleijadinho, o arquiteto mestre Valentim e o compositor sacro José Maurício Nunes Garcia reproduziam e inovavam as artes aprendidas com europeus.
A participação dos mulatos na vida intelectual e política brasileira diminuiu abruptamente nos meados do século XX enquanto começam a se destacar os descendentes de imigrantes europeus e sírio-libaneses recém-chegados. Por outro lado, simultaneamente, as formas de cultura popular afro-brasileiras começaram a ser aceitas pelas elites brasileiras e até celebradas como as genuinamente nacionais. As formas de música popular e danças afro-brasileiras tornaram-se então predominantes, destacando-se a fama internacional do samba; mestre Bimba apresenta, em 1953, a capoeira ao presidente Getúlio Vargas que a chama de "único esporte verdadeiramente nacional"; as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuem e a Umbanda carioca passa a ser seguida pela classe média-branca; escritores e compositores pertencentes à elite branca, como Jorge Amado, Toquinho e Vinícius de Moraes utilizam e celebram as formas musicais e religiões afro-brasileiras; o futebol, esporte inicialmente das elites brancas, passou a ter jogadores negros e mulatos idolatrados por todo país. Chegou-se assim no paradoxo da situação atual em que a cultura afro-brasileira ocupa uma posição de destaque no âmbito popular, mas a participação de afro-brasileiros é pequena na política, na literatura, nas ciências e na produção artística mais erudita das elites brasileiras.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Isto é preconceito, você sabia?

* Elogiar negros dizendo que são de “alma branca”
* Fazer piada de mau gosto, usando o termo “coisa de preto” ou “serviço de preto”.
• Querer agradar a negros dizendo que é negro, “mas” é bonito, ou que “apesar” do “cabelo ruim” é inteligente.
• Colocar apelidos nas pessoas negras, como Pelé, Mussum, tição, café, chocolate, buiu, branca de neve. Os apelidos pejorativos são uma forma perversa de desumanizar e desqualificar seres humanos
• Usar eufemismo como “moreninho”, “escurinho”, “pessoas de cor”, evitando a palavra negro, ao se referir à pessoas negras.
• Negar a ascendência negra do mulato, dizendo que ele não é “totalmente” negro, que é de raça apurada, ou usar as expressões “limpar o sangue” e “melhorar a raça”, ao se referir à miscigenação.
• Fazer comparação, usando a cor branca como símbolo de que é limpo, bom, puro e, em contrapartida, usar a cor preta representando o que é sujo, feio, ruim.


Fonte: Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro – Rosa Margarida de Carvalho Rocha, Nzinga.

quinta-feira, 18 de março de 2010

EDUCAÇÃO INCLUSIVA - ATITUDES E AÇÕES DOCENTES POSSÍVEIS

Mais do que criar condições para os alunos especiais, a inclusão é um desafio que implica mudar a escola como um todo, no projeto pedagógico, na postura diante dos alunos, na filosofia, etc. Temos como comunidade escolar a incumbência de valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos na escola, incorporar a diversidade sem nenhum tipo de distinção.
Nunca o tema da inclusão de portadores de necessidades especiais esteve tão presente no dia a dia da educação. Cada vez mais os professores estão percebendo que as diferenças não só devem ser aceitas, mas também acolhidas como ponto importante para montar ou completar o cenário escolar. Para a escola cabe não somente acolher a matrícula dessas crianças, visto que, isso nada mais é do que cumprir a lei.
O que realmente é necessário e obrigatório para a escola é oferecer serviços complementares, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa. Essa mudança não é simples. Na verdade ainda é difícil encontrar professores que afirmem estar preparados para receber em classe um estudante com necessidades especiais.
A inclusão é um processo cheio de imprevistos, sem fórmulas prontas e que exige aperfeiçoamento constante. Cabe a direção buscar orientação e suporte das associações de assistência e das autoridades médicas e educacionais, sempre que for solicitada a matrícula de um aluno portador de necessidades educacionais especiais. Pedagogicamente a construção dessa autonomia para atender esses alunos, implica transformar a escola, no que diz respeito ao currículo, a avaliação e principalmente, as atitudes.
Aos professores, parte fundamental nessa construção faz-se necessário refletir e aprender a conviver com as diferenças. Sempre que somos apresentados a alguma novidade sentimos um pouco de medo. Pensamos: Será que isso é bom ou ruim? Sentimos esse estranhamento em tudo. Que ninguém é igual a ninguém já sabemos, mas como lidar com a diferença de cada um? A resposta é: encarando. Como vamos saber que chocolate é gostoso se nunca o provarmos ou que um aluno portador de deficiência é capaz se não abrirmos espaço para ele? Temos que vencer o preconceito e o medo e buscarmos a devida capacitação para exercer com excelência esse trabalho. O resultado dessa inclusão, isto é, a união dessas crianças no mesmo ambiente, na mesma classe, só traz bons efeitos para os dois lados.
Na educação inclusiva não se espera que o aluno com deficiência se adapte à escola, mas que a escola como um todo se transforme de forma a possibilitar a inserção desse aluno em seu ambiente. A escola é também um lugar do cuidado, da atenção, do tomar conta. E esse tomar conta exige um compromisso individual do professor com cada aprendiz, um compromisso que garanta o diálogo com todos os diferentes. Uma pedagogia das diferenças é uma pedagogia construtiva que busca a interação, a variedade, a riqueza da diversidade que faz parte da natureza humana.

quarta-feira, 3 de março de 2010

CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MELHOR... O PAPEL DA EDUCAÇÃO

Nós, enquanto seres humanos vivemos num constante processo de socialização, abrangendo tanto padrões de comportamentos instintivos, quanto padrões de comportamento social, o que nos permite a nossa reprodução e sobrevivência.
É através desta constante interação social que crescemos enquanto pessoa, conquistamos a nossa cultura, mas não só na linguagem do senso comum, somando um grande número de conhecimentos, e sim, no que é mais válido, aquela resultante do convívio social, que abrange as trocas de conhecimento, as idealizações, crenças, ciências, até mesmo as atividades básicas de qualquer espécie, enfim, a sociabilidade, abrangendo todas as esferas da atividade humana.
A educação é um processo de transmissão de culturas, saberes, conhecimentos; é um processo de socialização que pode ocorrer de maneira informal, no cotidiano, pela família ou pela sociedade ou de maneira formal, com métodos e práticas pedagógicas, com conhecimentos e aspectos culturais científicos, ou seja, na escola.
A escola possui como um de seus principais desafios alcançar o objetivo de educar o indivíduo para o desempenho de sua cidadania e para seu ingresso no mercado de trabalho como mão-de-obra qualificada.
Todavia, seja ela de qual forma for, possui fundamental importância para a formação e desenvolvimento das potencialidades do indivíduo.
A educação possui um papel decisivo no desenvolvimento de uma sociedade, por ser responsável pela transmissão de sua herança cultural e consequentemente pela sua sobrevivência, garantindo-lhe o desenvolvimento dos que dela fazem parte.
Partindo deste pressuposto, reconhecemos a importância da relação entre sociedade e educação e seu entendimento, para nós, profissionais da educação é de suma importância, visto que nos permite enxergar com outros olhos a relação existente entre elas.
Do mesmo modo, para nós, formadores de cidadãos, é imprescindível que tenhamos claros as concepções de educação e sociedade, seu processo educativo, suas relações e estruturas, enfim, todo o processo educativo, para podermos atuar com destreza, capacidade e convicção, de modo a garantir realmente a formação integral de cidadãos e pessoas de bem.
A pobreza impede as pessoas de se educarem e de se desenvolverem. Da mesma forma, a própria educação é ao mesmo tempo, causa e solução de todos os problemas sociais, dentre eles, a pobreza.
E esta disfunção entre sociedade e educação, se não impede, gera um indivíduo incapaz de exercer sua cidadania, de ter conhecimento dos seus direitos, de saber exigi-los diante da sociedade. Primeiramente precisamos definir o que vem a ser realmente o termo cidadania. Sabemos que a cidadania está vinculada aos direitos e deveres dos cidadãos, e isso é bastante complexo, pois em nosso país ainda estamos lutando para assegurar o direito fundamental do indivíduo, que é a vida.
Há, portanto a necessidade de termos um olhar voltado para Educação e nos conscientizarmos de como ela pode converter-se em ferramenta necessária e social, para diminuir as lacunas e disfunções da sociedade.
Concordamos com a importância da cidadania, e utilizamos conceitos em sala de aula para que nossos alunos percebam o quanto é importante a participação da população no desenvolvimento do país.
As consequências finais de um modelo educacional falho ou da falta de educação são sintomas do mau funcionamento de uma sociedade, e conseqüentemente a enorme desigualdade social pertinente ao nosso país.
É por meio da educação que conseguiremos conscientizar o indivíduo a reconhecer e saber exigir seus direitos, deveres e obrigações, exercendo, assim, sua condição de cidadão.
Existe uma relação direta entre educação e política e isso nos permite refletir sobre a necessidade de que as crianças e os adolescentes tenham uma boa formação cidadã e assim saibam reconhecer e exigir seus direitos e cumprir com seus deveres em relação à sociedade.
È necessária uma tomada de posição mais firme e determinada por meio de todas as esferas da sociedade para que o combate à desigualdade social não passe de palavras ao vento que jamais saem do papel. A relação cidadania-educação é fundamental para a tão sonhada construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Diante desta situação, cabe à esfera política, pensar sobre sua real função e as conseqüências advindas de suas atuações, melhor dizendo, ter consciência do que estão proporcionando ao desenvolvimento de nosso país.
A nós, educadores, parte responsável pelo desenvolvimento de nossa sociedade, temos a obrigação de reivindicar por melhores condições de vida, intervindo também na formação de nossos educandos, tornando-os verdadeiros cidadãos, através da autonomia, da crítica, do conhecimento, para que possam juntamente a nós, lutar por um Brasil melhor.
Enfim, neste cenário da educação, será preciso repensar e reconstruir o saber escolar e a formação do professor, redimensionando o seu papel. O professor, não mais detentor do saber, necessitará ser mais criativo, além de ter consciência de que se aprende com o aluno e com o mundo, abrigando o preceito filosófico do “prender-se com, apropriar-se junto”.
Quanto à escola, esta deverá ser um espaço de convivência, onde os conflitos sejam trabalhados e enfrentados e não camuflados, de maneira coletiva e interativa, tendo presente que em um grupo de trabalho não basta estar junto, é fundamental sustentar a ação da escola em torno de uma reflexão conjunta, que implica uma análise crítica do trabalho, no sentido de buscar respostas para as dúvidas que nos cercam.
Assim, os objetivos devem ser propostos a fim de contribuir para a aproximação da realidade àquele ideal de homem e de sociedade justa e igualitária, em que os problemas precisam ser removidos, superados e solucionados.

ENTREVISTA COM PEDRO DEMO SOBRE EDUCAÇÃO... VALE A PENA ASSISTIR

segunda-feira, 1 de março de 2010